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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

PRODUÇÃO TEXTUAL 2º ANO, TURMAS A/ B - MATUTINO - PROFESSORA ANITA MARTINS

 Bom dia.

Estamos iniciando o nosso bimestre.

O nosso primeiro conteúdo é gênero poema. Faremos um pequeno estudo para relembrarmos este conteúdo.

Segue abaixo o conteúdo que estaremos vendo.

Poema e Poesia

 

O texto poético se caracteriza por privilegiar o prazer estético da leitura. Os gregos chamavam de poiésis ao “ato de criar algo”. Portanto, a poesia pertence à ficção, pois trata-se de um processo criativo e de algo inventado.

A poesia

 

De modo geral, entende-se por poesia a emoção, o aspecto imaterial do texto. Assim, podemos encontrar poesia em poemas, canções, textos narrativos, peças publicitárias, pinturas e filmes, por exemplo.

 

A seguir são apresentados textos de caráter poético: o primeiro é uma manifestação em versos e o segundo, em prosa.

 

    Eu faço versos como quem chora Fecha o meu livro, se por agora De desalento… de desencanto… Não tens motivo nenhum de pranto.

 

“Desencanto”, Manuel Bandeira.

 

    Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;

    Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

 

Iracema, José de Alencar.

 

O poema

 

E muito comum o emprego das palavras “poesia” e “poema” como sinônimas. Porém poesia é algo imaterial e poema é um gênero textual com características de estrutura próprias.

 

No poema, há versos, métrica, estrofes, rimas e ritmo. E possível que não encontremos poesia em determinado poema, que ele não nos sensibilize, assim como é possível nos sentirmos emocionalmente tocados diante de um verso.

Estrutura do texto poético

 

Cada linha de um poema corresponde a um verso. O verso é a unidade poética:

 

    Alma minha gentil que te partiste

 

Camões.

 

Estrofe é um agrupamento de versos:

 

    Alma minha gentil que te partiste

    Tão cedo desta vida, descontente,

    Repousa lá no céu eternamente

Rima

 

A rima é o resultado de sons iguais ou semelhantes entre as palavras, no meio ou no final de versos diferentes. Há vários tipos de rima:

 

Quanto à posição na estrofe:

 

a) Cruzada ou alternada: (ABAB) O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto:

 

    “Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada A

    E triste, e triste e fatigado eu vinha; B

    Tinhas a alma de sonhos povoada A

    E a alma de sonhos povoada eu tinha.” B

 

(Olavo Bilac)

 

b) Interpolada: (ABBA) O primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro:

 

    “Para canto de amor tenros cuidados. A

    Tomo entre voz, ó montes, o instrumento; B

    Ouvi pois o meu fúnebre lamento; B

    Se é que compaixão dos animados.” A

 

(Cláudio Manuel da Costa)

 

c) Emparelhada: (AABB) O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto:

 

    “Manhã de junho ardente. Uma encosta escavada A

    seca, deserta e nua, à beira de uma estrada A

    Terra ingrata, onde a urze a custo desabrocha B

    bebendo o sol, comendo o pé, mordendo a rocha.” B

 

(Guerra Junqueiro)

 

d) Internas: Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:

 

    “Salve Bandeira do Brasil querida

    Toda tecida de esperança e luz

    Pálio sagrado sobre o qual palpita

    A alma bendita do país da Cruz.”

 

e) Misturadas: Não tem esquema fixo.

 

f) Versos brancos ou soltos: São os que não tem rima.

 

Quanto à tonicidade

 

a) Agudas: Quando rimam palavras oxítonas ou monossilábicas: a/mor e com/por; a/mém e Be/lém.

 

b) Graves: Quando rimam palavras paroxítonas: an/ta e man/ta; qui/os/que e bos/que.

 

c) Esdrúxulas: Quando rimam palavras proparoxítonas: má/gi/co e trá/gi/co; li/ri/co e o/ní/ri/co.

 

Quanto à sonoridade

 

a) Perfeitas: Há uma perfeita identidade dos sons finais: festa e manifesta; cedo e medo.

 

b) Imperfeitas: Quando não há uma perfeita identidade dos sons finais: céu e breu; sais e paz.

 

c) Consoantes: Quando há os mesmos sons a partir da última tônica: perto e incerto; dezenas e apenas.

 

d) Toantes: Quando só há identidade com a vogal tônica do verso: terra e pedra; vela e terra.

 

Quanto ao valor

 

a) Pobres: Quando rimam palavras da mesma classe gramatical: amor e flor; meu e teu.

 

b) Ricas: Quando rimam palavras de classes gramaticais diferentes: festa e manifesta; cedo e medo.

 

c) Raras: Quando rimam palavras de difícil combinação melódica: cisne e tisne; leque e Utreque.

 

d) Preciosas: São rimas artificiais, decorrentes da combinação de um nome com a forma verbo-pronome: tranquilo e ouvi-lo; estrela e vê-la.


 

1 comentários

Artur Braz 31 de janeiro de 2021 às 16:27

ARTUR BRAZ 1A OK

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